Se eu falar de uma rosa, não estarei a falar de todas as rosas. Elas têm cheiros, cores e texturas diferentes; são resultado de processos de cultivo variados; algumas fenecem rapidamente e são postas de parte, outras passam no processo de selecção e cumprem o seu destino terminando numa qualquer jarra, em qualquer parte incógnita do mundo. Embora a raíz seja fundamental para a germinação de qualquer planta ou flor, estas só cumprem o seu propósito se forem desenraizadas. A ideia chega até a ser perturbadora.
Mas porque estou a falar de flores se a minha ideia era falar de pessoas? Não sei, mas a comparação pareceu-me ajustada, afinal podemos ser bastante parecidos, e somos todos diferentes.
Eu queria falar de diferenças porque mais uma vez fui surpreendida por aquela ideia fixa que alguns têm de julgar as pessoas de acordo com aquilo que eles próprios são. Erro enorme. Se eu pensar azul podem existir biliões de seres humanos a pensar roxo, quem sou eu para teimar com quem pensa numa cor diferente que ele pensa azul? Como posso ter a ousadia de me achar mais conhecedora do íntimo de alguém do que ele mesmo?
Assim, quando eu digo que sei lidar com qualquer verdade, é porque realmente me sinto capacitada para tal. Não espero saber apenas coisas que me agradem, ouvir discursos que satisfaçam o meu ego; eu gosto de quem tem opiniões: boas, más, coerentes, absurdas, não sou eu quem tem que decidir. Tenho as minhas, lido bem com as dos outros. O que me confunde é a mentira e a ocultação. Não insista que eu não saberia lidar com qualquer verdade porque eu sempre gostei de olhar os demónios e os anjos nos olhos.
Mas porque estou a falar de flores se a minha ideia era falar de pessoas? Não sei, mas a comparação pareceu-me ajustada, afinal podemos ser bastante parecidos, e somos todos diferentes.
Eu queria falar de diferenças porque mais uma vez fui surpreendida por aquela ideia fixa que alguns têm de julgar as pessoas de acordo com aquilo que eles próprios são. Erro enorme. Se eu pensar azul podem existir biliões de seres humanos a pensar roxo, quem sou eu para teimar com quem pensa numa cor diferente que ele pensa azul? Como posso ter a ousadia de me achar mais conhecedora do íntimo de alguém do que ele mesmo?
Assim, quando eu digo que sei lidar com qualquer verdade, é porque realmente me sinto capacitada para tal. Não espero saber apenas coisas que me agradem, ouvir discursos que satisfaçam o meu ego; eu gosto de quem tem opiniões: boas, más, coerentes, absurdas, não sou eu quem tem que decidir. Tenho as minhas, lido bem com as dos outros. O que me confunde é a mentira e a ocultação. Não insista que eu não saberia lidar com qualquer verdade porque eu sempre gostei de olhar os demónios e os anjos nos olhos.
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